quinta-feira, 30 de março de 2017

Tópico 1

Alguns conceitos:

OER - Recursos Educativos Abertos (acrónimo em inglês);
MOOC - massive open online courses – à partida não exige a inscrição do participante num grupo de formandos de uma instituição; são preparados para um numéro indeterminado de participantes e para o acesso livre via web; não tem custos de inscrição (gratuito); geralmente, não são atribuídos créditos aos participantes no final (não dão lugar à emissão de um certificado).
E-learning
“Modalidade de ensino e aprendizagem que pode representar o todo ou uma parte do modelo educativo em que se aplica, que explora os meios e dispositivos eletrónicos para facilitar o acesso, a evolução e a melhoria da qualidade da educação e formação” (Sangrà, Vlachopoulos, Cabrera, Bravo, 2011).

Educação a Distância e Educação a Distância Online – flexibilidade temporal e espacial nas aprendizagens, a autonomia e a mediação tecnológica;
Blended Learning ou simplesmente b-Learning (Hofmann, 2002) - hipotéticas limitações inerentes à transmissão de conteúdos e à relação pedagógica justificam que o e-Learning tenda a ser complementado com sessões presenciais;
Mobile Learning ou simplesmente m-Learning - crescente recurso a redes sem fio (Wireless) e a tecnologias móveis (Telemóveis, PDAs, computadores portáteis e terminais similares) no processo de aprendizagem;
Learning Objects ou LOs - os objectos de aprendizagem - um recurso digital (texto, imagem, som, vídeo, applet Java, filme flash, programa de simulação, entre outros recursos distribuídos por intermédio de plug-ins apropriados) que pode ser reutilizado para apoiar a aprendizagem - assumem-se como agentes catalizadores na forma de planear e produzir conteúdos para e-Learning, devido às suas potencialidades de reutilização e interoperabilidade;
LCMSs – Learning Content Management Systems) - Sistemas de Gestão de Conteúdos de Aprendizagem - têm como principal finalidade a gestão de conteúdos de aprendizagem, permitindo a sua concepção, armazenamento e reutilização em vários cursos;
LMSs – Learning Management Systems - Sistemas de Gestão de Aprendizagem - que têm como principal objectivo automatizar a componente administrativa da formação (controlar acesso aos conteúdos, gerir processos de inscrição e de avaliação, gestão das vistas e da comunicação);
SCORM (Sharable Content Object Resource Model) - conjunto de normas, especificações e orientações técnicas para o desenvolvimento de conteúdos de aprendizagem, de forma a garantir a reutilização, interoperabilidade, durabilidade e acessibilidade;
IMS-LD (IMS Learning Design) - enquanto especificação que permite a planificação da aprendizagem e a concepção de recursos educativos adequados, independentemente da metodologia pedagógica adoptada, complementada com IMS-CP para distribuir o pacote de conteúdos e IMS-MD/IEEE-LOM para caracterizar os recursos educativos distribuídos;
Ideias chave:

Formação não pode basear-se na simples transmissão da informação, sendo necessário: potenciação de competências como o pensamento crítico, a gestão do conhecimento, o aprender a aprender, entre outras, assim como estratégias formativas baseadas em processos educativos inovadores que permitem o desenrolar de processos de aprendizagem eficazes;

- As tecnologias digitais são ferramentas ou recursos que permitem, para além de armazenamento e transporte de informação, novas formas de acesso ao conhecimento e de relacionamento entre conteúdos e actores no processo;

- Perspetiva do e-learning enquanto processo social que deve facilitar a colaboração, a interacção entre as pessoas e conteúdos, e que implica alterações ao nível dos diferentes agentes implicados no processo – organização, formadores e formandos; Diferentes modelos e metodologias a seguir tendo em conta os objectivos a alcançar. Por exemplo, “modelos mais factuais, onde a primazia vai para o e-reading, até aos cursos online onde o learning by doing atinge a sua plenitude” (Goulão);

- Aprender a aprender – metodologias motivadoras e flexíveis, que incluam diferentes recursos didácticos, conteúdos dinâmicos e interactivos, onde se diversifiquem os canais de comunicação e as formas de trabalhar e onde estes disponham de margem para escolherem os itinerários, actividades e formas que estejam mais de acordo com o seu estilo de aprendizagem - maior personalização do processo de ensino-aprendizagem;

Formador/Professor enquanto um gestor e organizador da informação e dos trabalhos em equipa;

"Novas" funções e responsabilidades do professor na era da sociedade digital (Goulão)
"Novas" Funções e Responsabilidades do Professor/Formador
Área Pedagógica
Animador, dinamizador, moderador, comunicador, líder e motivador
Área Social
Criador de ambientes positivos e amigáveis que fortaleçam as interacções e os trabalhos colaborativos.
Área Técnica
Conhecedor e manipulador das TIC
Área Organizativa
Planificador e Decisor da agenda, dos objectivos, das avaliações das matérias por que é responsável.

- TIC - são ferramentas que complementam e são um suporte real e básico ao sistema formativo. Através das suas características de virtualidade – supressão de barreiras do tempo e de espaço – de globalidade e de ubiquidade;

- A Rede – constitui o meio para promover a educação aberta sem constrangimentos de tempo, lugar ou acesso, numa perspetiva de desenvolvimento pessoal e ao longo da vida, o que representa um desafio na aproximação entre os contextos de educação formal e informal, na perspetiva da convergência das práticas de experiência individual para os projetos colaborativos realizados nas comunidades de aprendizagem;

- Aprendizagem enquanto um processo sustentado pela rede relacional de ideias, conceções e representações baseia-se no processo social de construção da experiência de conhecimento na comunidade;


- A rede constitui um espaço aberto para o acesso à e-informação e ao desenvolvimento dos contextos de interação social e cognitiva no âmbito dos processos relacionais dos atores da comunidade de aprendizagem e conhecimento. Um espaço que, para além do acesso aberto aos conteúdos, se desenvolve a partir das interações sociais e cognitivas entre os membros da comunidade, através das quais estes elaboram as interpretações individuais e coletivas, e as cenarizações do conhecimento distribuído.

Conclui-se que:
  •  O ensino a distância é tão ou mais eficiente e eficaz que o ensino dito tradicional, desde que a metodologia e tecnologia sejam usadas de forma apropriada;
  •  O e-Learning exige alguma maturidade, autodisciplina e motivação (factores que só se adquirem com a idade), pelo que poderá ter melhores resultados na formação de adultos;
  • O modelo pedagógico desejável para o e-Learning assenta na abordagem construtivista, preconizando que a aprendizagem é um processo de índole social, e não apenas cognitivo e individual, através do qual o conhecimento é construído pelo formando aquando da interação da sua base de conhecimentos com as novas experiências de aprendizagem e com outros intervenientes no processo formativo (formador, outros formandos ou outras comunidades virtuais);
  • A educação aberta e em rede não só permite como encoraja o desenvolvimento de novos percursos e práticas de experiência colaborativa, andaimagem das aprendizagens e do conhecimento que se estendem, pela sua natureza relacional, para além do círculo de proximidade da sala de aula que tem vindo a ser replicado no espaço virtual no quadro das abordagens centradas na tecnologia e na transmissão da informação digital;
  • Learning Design é o caminho para o sucesso do e-Learning.

Modelo TPACK – consiste na interligação entre os três conhecimentos – a sua interseção permite uma verdadeira integração das TIC na formação:
  • Conhecimento científico – conhecimento dos professores acerca do conteúdo a ser ensinado ou aprendido;
  • Conhecimento pedagógico – conhecimento que os professores têm acerca dos processos, práticas e métodos de ensino e aprendizagem; 
  • Conhecimento tecnológico – conhecimento acerca do trabalho com tecnologia, ferramentas e recursos. 


Ferramentas
  • Videoscribe – desenhar sem saber – vídeos com animação;
  • Mindomo – mapas mentais colaborativos, mapas conceptuais (parecido com o word) – em inglês; Tricider – votação on-line;
  • Webnote – escrita colaborativa – partilha com cores – fórum discussão;
  • Voki – personagem animada – partilha de ideias;
  • Drawitlive – quadro branco colaborativo (desenhar em tempo real);
  • Podomatic – ficheiros áudio (autoscopia);
  • Facebook – grupos fechados, partilha de ficheiros, informações e hiperligações, debates, notas, eventos e criação de aplicativos;
  • Webnode – construtor de sites gratuito;
  •  Prezzi – apresentações “fora da caixa”.



Neste diário de bordo, apresentarei a informação à imagem da minha forma de aprendizagem. Como diria a minha querida Professora de História, serei igual a mim mesma “curta, concisa e clara”.

Neste universo de novos conceitos (que muitos traduzem uma realidade tão bem conhecida) procuro dar destaque aos aspetos relevantes para o passo que nos espera à posteriori, ou seja, a operacionalização dos conhecimentos aprendidos.
Nesta dualidade que sinto entre professor e formador, o que será pertinente reter para, no contexto de formação, realmente aplicar?

Esta súmula de conhecimentos será, para mim, um importante auxílio para quando, no saber-fazer, necessitar de novas ideias para implementar J

quarta-feira, 29 de março de 2017

Olá boa tarde,

Começo por enaltecer o contributo de todos porque, de facto, esta é a mais valia desta modalidade. A (aparente) ausência da “sala (virtual) de aula” durante uns dias não provocou, como no presencial, a perda da possibilidade de aquisição do conhecimento, uma vez que a leitura contínua dos comentários, sempre disponíveis, nos permite “recuperá-lo”, esperando poder “apanhar o barco”. Na sessão presencial tive oportunidade de referir já ter feito esta formação há uns anos e, desde já sinto que uma das grandes diferenças entre as mesmas reside nesta (grande) interatividade (eu diria, fruto da evolução natural do e-learning, ensino à distância ou da aprendizagem colaborativa). Mas não só. Os conceitos aprendidos demonstram que muito mudou na formação à distância em menos de 10 anos.

Gostaria de começar por uma questão que foi focada nestas “conversações” e que me parece essencial na formação, a partilha. A minha experiência profissional nestes domínios tem sido enquanto formadora (via, igualmente, pela qual me “habilitei” através da formação pedagógica de formadores, para o fazer) – e que sinto que se distancia da perspetiva ensino/educação. Ou seja, maioritariamente, centrada na modalidade de formação-ação em que o conhecimento se constrói ao longo da mesma. Onde a partilha, quer de conhecimentos entre formador e formandos, quer entre pares, quer de instrumentos, se assume como o ponto de partida para essa mesma construção. Onde se espera, por parte dos formandos e do formador, um papel ativo, prático, construtivo, impulsionador de resultados (tanto quanto possível, objetivamente palpáveis).

Parece-me, deste modo, inequívoco que estamos perante uma necessidade (eu diria, mais valia) quer nas modalidades de formação presencial, quer à distância – a partilha. E que enalteço nesta formação.
De facto, ler os textos e os importantes contributos de todos, só reforçou igualmente a minha opinião que, independentemente da modalidade de formação em que estejamos, a perspetiva de um formador como facilitador, moderador, impulsionador do conhecimento, da pesquisa, da inovação e da interatividade do grupo é fruto do próprio processo de mudança e evolução da aprendizagem (do aprender aprender).
É ou não este tipo de orientação que temos expectativa de encontrar quando frequentamos uma qualquer formação?
Afinal, há muito mais em comum no e- ou b-learning com a formação presencial do que inicialmente poderia pensar.

Certa que, após uma semana tão rica em partilha de conhecimentos, fruto das intervenções de todos, não acrescentei nada de novo à discussão, termino com a convicção que estamos todos com o mesmo objetivo embora com pontos de partida/perspetiva diferentes.


Continuação de bom trabalho a todos