sexta-feira, 28 de abril de 2017

TEMA ii - MODELO PEDAGÓGICO VIRTUAL DA UNIVERSIDADE ABERTA




MODELOS DE APRENDIZAGEM EM AMBIENTES VIRTUAIS
5 Modelos explicativos, orientadores da implementação, do desenvolvimento e do funcionamento das experiências educativas a distância:


1.       Modelo de comunidades de investigação (Garrison et al., 2000);

·       Assenta em três dimensões de base: a dimensão social, cognitiva e docente;

·       Pensado para o desenvolvimento de comunidades tendo por base a comunicação assíncrona - fórum de discussão como suporte principal de comunicação;

·       Perspetiva construtivista da aprendizagem, em que a construção do conhecimento individual está sobretudo associada ao ambiente social;

·       Em ambiente colaborativo, o indivíduo assume o dever de dar sentido à sua experiência educativa, sendo responsável pelo controlo da sua aprendizagem, através da negociação de significados com o grupo;

·       Docente é um elemento de base, sendo responsável por implementar e desenvolver a comunidade e orientar a aprendizagem dos seus membros, com objetivo de gerar um ambiente social facilitador do pensamento crítico e, por outro lado, para orientar a aquisição de informação e a construção do conhecimento.







2.       Modelo de e-moderating (Salmon, 2000);

·       Constituído por 5 etapa (figura 2), que orientam a atividade do moderador no trabalho com os formandos, para conseguir a construção de comunidades virtuais de aprendizagem;

·       Desenvolvido para funcionar essencialmente através da utilização dos fóruns eletrónicos, em modo de comunicação assíncrona;

·       Assenta na atividade do e-moderador e visa a independência do formando, no trabalho com os outros elementos do grupo;

·       Considerado como uma das propostas mais estruturadas para o desenvolvimento de comunidades de aprendizagem, onde a contribuição de cada membro, tem o seu próprio significado, e a função do formador (e-moderador) é uma função estruturante de base.







Etapa 1 – Acesso e motivação

Primeiro passo na formação e essencial para a motivação dos formandos para a participação ativa. Consiste ainda na apresentação da plataforma eletrónica e da familiarização dos formandos com as ferramentas tecnológicas que irão utilizar no decorrer das diversas atividades de aprendizagem.

Etapa 2 – Socialização on-line

Nesta etapa pretende-se promover a partilha e a interação entre os diferentes elementos do grupo, promovendo a socialização para a construção do conhecimento – criação de uma microcomunidade. Salmon (2004) nesta etapa apela para o desenvolvimento de três componentes base: o empreendimento conjunto, o compromisso mútuo e o repertório partilhado.

Etapa 3 – Troca de informação

Nesta etapa a participação e orientação do e-moderador é essencial para promover a construção da aprendizagem em cooperação, estimulando os participantes a interagirem, fazendo ainda uma reorganização e sistematização da informação partilhada, mantendo todos os formandos motivados.  

Etapa 4 – Construção de conhecimento

É expectável que os formandos comecem a assumir o controlo da sua aprendizagem, desenvolvendo competências ao nível da discussão dos temas com os seus pares e colaborando na construção do conhecimento – através das e-atividades – para uma produção conjunta de saberes.

Etapa 5 – Desenvolvimento

A última etapa é marcada por uma autonomia do formando no processo de aprendizagem, sendo responsável pela produção do conhecimento - dominada pela criatividade, pela crítica, pela auto-reflexão e pela verdadeira aprendizagem em grupo.



3.       Modelo de colaboração em comunicação assíncrona (Murphy, 2004);

·       Estrutura conceptual que parte do princípio de que a colaboração é um processo contínuo de interação ao longo de 6 processos, que se inicia com a socialização - o tipo de interação que se estabelece se vai modificando permitindo, ao mesmo tempo, outro tipo de relações mais colaborativas;

·       Não aborda a função de um hipotético formador, não sendo possível identificar a função do formador para o desenvolvimento de comunidades colaborativas;

·       O objetivo será que o grupo, funcionando como um todo, possa desenvolver uma presença social, articular e construir novas perspetivas e significados, trabalhando em conjunto para alcançar determinados objetivos e, produzir de forma partilhada, determinados artefactos.





4.       Modelo de colaboração em ambientes virtuais (Henri e Basque, 2003);

·       Modelo funcional de colaboração para a aprendizagem em ambientes virtuais. Baseando-se em  três componentes: empenhamento, comunicação e coordenação.





5.       Modelo de interação em ambientes virtuais (Faerber, 2002)

·       Assenta no princípio fundamental de que o estabelecimento de relações sociais numa comunidade educativa é um fator determinante para o êxito deste tipo de formação;

·       Pressupõe a colaboração como fonte de produção do conhecimento – perspetiva construtivista e socioconstrutivista – aprendizagem resulta da atividade em grupo e da interação entre pares;

·       Construído com base num tetraedro, onde, ao triângulo pedagógico tradicional (formando-conhecimento-formador), foi adicionado o elemento grupo e um novo contexto de mediação. Esta mediação toma a forma de um ambiente virtual de aprendizagem, que pode ser gerador ou inibidor de uma certa dinâmica de interação entre os vários pólos;

·       Grupo – participar (formado-grupo), facilitar (formador-grupo) e partilhar (conhecimento-grupo).


Bibliografia:
Meirinhos, M., Osório, A. (2007) - Modelos de Aprendizagem em Ambientes Virtuais. In V Conferência Internacional de Tecnologias de Informação e Comunicação na Educação.

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