MODELOS
DE APRENDIZAGEM EM AMBIENTES VIRTUAIS
5 Modelos explicativos, orientadores da implementação, do
desenvolvimento e do funcionamento das experiências educativas a distância:
1.
Modelo
de comunidades de investigação (Garrison et al., 2000);
· Assenta em três dimensões de base: a dimensão
social, cognitiva e docente;
· Pensado para o desenvolvimento de comunidades tendo
por base a comunicação assíncrona - fórum de discussão como suporte principal
de comunicação;
· Perspetiva construtivista da aprendizagem, em
que a construção do conhecimento individual está sobretudo associada ao
ambiente social;
· Em ambiente colaborativo, o indivíduo assume o
dever de dar sentido à sua experiência educativa, sendo responsável pelo
controlo da sua aprendizagem, através da negociação de significados com o grupo;
· Docente é um elemento de base, sendo responsável
por implementar e desenvolver a comunidade e orientar a aprendizagem dos seus
membros, com objetivo de gerar um ambiente social facilitador do pensamento
crítico e, por outro lado, para orientar a aquisição de informação e a
construção do conhecimento.
2.
Modelo
de e-moderating (Salmon, 2000);
· Constituído por 5 etapa (figura 2), que orientam
a atividade do moderador no trabalho com os formandos, para conseguir a
construção de comunidades virtuais de aprendizagem;
· Desenvolvido para funcionar essencialmente através
da utilização dos fóruns eletrónicos, em modo de comunicação assíncrona;
· Assenta na atividade do e-moderador e visa a
independência do formando, no trabalho com os outros elementos do grupo;
· Considerado como uma das propostas mais
estruturadas para o desenvolvimento de comunidades de aprendizagem, onde a
contribuição de cada membro, tem o seu próprio significado, e a função do formador
(e-moderador) é uma função estruturante de base.
Etapa 1 – Acesso e motivação
Primeiro passo na formação
e essencial para a motivação dos formandos para a participação ativa. Consiste
ainda na apresentação da plataforma eletrónica e da familiarização dos formandos
com as ferramentas tecnológicas que irão utilizar no decorrer das diversas
atividades de aprendizagem.
Etapa 2 – Socialização on-line
Nesta etapa pretende-se
promover a partilha e a interação entre os diferentes elementos do grupo,
promovendo a socialização para a construção do conhecimento – criação de uma
microcomunidade. Salmon (2004) nesta etapa apela para o desenvolvimento de três
componentes base: o empreendimento conjunto, o compromisso mútuo e o repertório
partilhado.
Etapa 3 –
Troca de informação
Nesta etapa a participação
e orientação do e-moderador é essencial para promover a construção da
aprendizagem em cooperação, estimulando os participantes a interagirem, fazendo
ainda uma reorganização e sistematização da informação partilhada, mantendo
todos os formandos motivados.
Etapa 4 – Construção de conhecimento
É expectável que os
formandos comecem a assumir o controlo da sua aprendizagem, desenvolvendo
competências ao nível da discussão dos temas com os seus pares e colaborando na
construção do conhecimento – através das e-atividades – para uma produção
conjunta de saberes.
Etapa 5 –
Desenvolvimento
A última etapa é marcada
por uma autonomia do formando no processo de aprendizagem, sendo responsável pela
produção do conhecimento - dominada pela criatividade, pela crítica, pela
auto-reflexão e pela verdadeira aprendizagem em grupo.
3.
Modelo
de colaboração em comunicação assíncrona (Murphy, 2004);
· Estrutura conceptual que parte do princípio de
que a colaboração é um processo contínuo de interação ao longo de 6 processos,
que se inicia com a socialização - o tipo de interação que se estabelece se
vai modificando permitindo, ao mesmo tempo, outro tipo de relações mais
colaborativas;
· Não aborda a função de um hipotético formador,
não sendo possível identificar a função do formador para o desenvolvimento de comunidades
colaborativas;
· O objetivo será que o grupo, funcionando como um
todo, possa desenvolver uma presença social, articular e construir novas perspetivas
e significados, trabalhando em conjunto para alcançar determinados objetivos
e, produzir de forma partilhada, determinados artefactos.
4.
Modelo
de colaboração em ambientes virtuais (Henri e Basque, 2003);
· Modelo funcional de colaboração para a
aprendizagem em ambientes virtuais. Baseando-se em três componentes: empenhamento, comunicação e
coordenação.
5.
Modelo
de interação em ambientes virtuais (Faerber, 2002)
· Assenta no princípio fundamental de que o
estabelecimento de relações sociais numa comunidade educativa é um fator
determinante para o êxito deste tipo de formação;
· Pressupõe a colaboração como fonte de produção
do conhecimento – perspetiva construtivista e socioconstrutivista –
aprendizagem resulta da atividade em grupo e da interação entre pares;
· Construído com base num tetraedro, onde, ao
triângulo pedagógico tradicional (formando-conhecimento-formador), foi
adicionado o elemento grupo e um novo contexto de mediação. Esta mediação toma
a forma de um ambiente virtual de aprendizagem, que pode ser gerador ou
inibidor de uma certa dinâmica de interação entre os vários pólos;
· Grupo – participar (formado-grupo), facilitar (formador-grupo)
e partilhar (conhecimento-grupo).
Bibliografia:
Meirinhos, M., Osório, A. (2007) - Modelos de
Aprendizagem em Ambientes Virtuais. In V Conferência Internacional de
Tecnologias de Informação e Comunicação na
Educação.
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